Hoje, dia 10 de outubro, é comemorado o Dia Internacional da Saúde Mental, uma data importante para conscientizar sobre a importância de cuidar da nossa saúde mental. Reconhecer quando há algum dano instaurado na condição mental pode ser um desafio, especialmente em um país como o Brasil, que possui o maior número de pessoas ansiosas e depressivas da América Latina.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 10% da população mundial sofre com transtornos mentais, o que representa cerca de 19 milhões de brasileiros. Para ajudar a entender melhor esse tema tão relevante, conversamos com a psiquiatra Maria Fernanda Caliani, especialista em terapia cognitiva comportamental.
A primeira questão abordada pela especialista foi a diferença entre tristeza e depressão. A tristeza é uma emoção humana natural e comum a todos nós. Ela surge como resposta a situações difíceis, como perdas, decepções ou desafios. Geralmente, é temporária e dá lugar a outros sentimentos com o tempo. Já a depressão é uma condição médica mais complexa, que vai além da tristeza comum. Caracteriza-se por uma sensação persistente de desânimo, desesperança e falta de interesse pelas atividades antes prazerosas. Além disso, interfere significativamente na vida diária, afetando o sono, o apetite, a concentração e a energia.
A chave para distinguir tristeza da depressão está na intensidade, duração e impacto na qualidade de vida. Enquanto a tristeza é uma resposta emocional compreensível e passageira, a depressão é uma condição de saúde mental que requer atenção médica.
Mas quando devemos buscar ajuda profissional? Segundo Maria Fernanda, a hora certa de procurar um psiquiatra é quando os sintomas começam a atrapalhar os relacionamentos pessoais, as atividades cotidianas e o trabalho. É quando percebemos que não estamos dando conta e que estamos gastando uma quantidade considerável de energia.
É importante lembrar que qualquer pessoa pode ser afetada por transtornos mentais que podem prejudicar a qualidade de vida. Por isso, é fundamental buscar o equilíbrio entre mente e corpo, incluindo nossos sentimentos e emoções.
A forma como lidamos com essas emoções é o que determina a qualidade da nossa saúde mental. Para ajudar nessa busca pelo equilíbrio, a especialista nos dá algumas dicas:
- Tenha hobbies terapêuticos: Encontre atividades que tragam prazer e relaxamento, como pintura, música ou jardinagem.
- Tenha mais contato com a natureza: Estudos mostram que estar em contato com a natureza pode melhorar nosso bem-estar mental. Reserve um tempo para caminhar em parques ou fazer trilhas.
- Aprenda a rever prioridades: Mude o foco e valorize o que realmente importa. Direcione sua energia para aquilo que realmente faz diferença em sua vida.
- Invista em relacionamentos significativos: Tenha vínculos sociais mais profundos, buscando o apoio e a companhia de pessoas que você se sinta confortável.
- Cuide do seu corpo: Pratique atividade física regularmente, mantenha uma dieta saudável e tenha uma rotina de sono adequada. Esses cuidados também são fundamentais para a saúde mental.
- Não hesite em buscar ajuda especializada: Pedir ajuda não é sinal de fraqueza, pelo contrário, é um ato corajoso. Se necessário, procure um profissional da área de saúde mental para auxiliar no tratamento e acompanhamento adequados.
Cuidar da nossa saúde mental é essencial para termos uma vida plena e equilibrada. Portanto, aproveite o Dia Internacional da Saúde Mental para refletir sobre como você tem cuidado da sua mente e tome medidas para promover seu bem-estar emocional. Lembre-se, você não está sozinho(a) nessa jornada!